Documento servirá de guia das ações do poder público para o setor até 2020
A sociedade poderá opinar, até 22 de dezembro, sobre o Plano de  Diretrizes e Metas para o Audiovisual, que entrou em Consulta Pública  pelo sítio da Agência Nacional do Cinema (Ancine). “O Plano guiará os  investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual e as ações do poder  público no desenvolvimento do audiovisual brasileiro”, explica o  diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel.
O documento foi aprovado no início de agosto pelo Conselho Superior  do Cinema. A ideia é que o documento sirva como guia das ações do poder  público para o setor audiovisual no Brasil até 2020 e sugira medidas  para o fortalecimento do mercado, tanto internamente, como em termos de  presença brasileira no mercado internacional.
Além da consulta pela internet, haverá ações presenciais.  “Realizaremos ainda audiências e seminários para ouvir e mobilizar as  vontades e iniciativa do setor”, diz Rangel. Depois da consulta pública  nos próximos quatro meses, o plano voltará ao debate no Conselho.
O desafio do plano pode ser desdobrado em três pontos, de acordo com a  Ancine: a expansão do mercado brasileiro, em que se focaliza a dinâmica  interna como a base para uma estratégia de desenvolvimento; a  universalização do acesso aos serviços audiovisuais, em que se aposta  numa expansão uniforme e desconcentrada, voltada para um mercado de  massas; e a transformação do Brasil em forte centro produtor e  programador de conteúdos audiovisuais, para que os agregadores de valor  econômico e cultural nas obras sejam os agentes e referências locais.
Diagnóstico – A partir de um diagnóstico do setor, foi possível  identificar os principais vetores do desenvolvimento do audiovisual no  País, considerando todos os elos da cadeia produtiva de cinema,  televisão, mídias móveis e interativas.  O cinema, por exemplo, após a  queda do início dos anos 1990, apresentou uma recuperação ao mobilizar  os esforços e iniciativas dos governos e agentes do setor. Uma das  conquistas do período recente diz respeito à quantidade de  longas-metragens produzidos (veja gráfico). De uma marca de 20 a 30  filmes anuais lançados do período da retomada até 2003, chegou-se a um  patamar de 70 a 80 filmes, entre 2006 e 2010. E com o ápice de 99  lançamentos em 2011, impensável há bem pouco tempo, de acordo com a  Ancine.
Afora o viés de alta nos indicadores do cinema, essa expectativa  positiva do relatório da Ancine se baseia nas alterações tecnológicas  previstas para o mercado de televisão por assinatura e o crescimento das  tecnologias móveis e da internet.
Meta do plano inclui fortalecimento do setor no mercado internacional
O plano foi elaborado tendo como principais metas a expansão do  mercado interno, a universalização do acesso e a transformação do Brasil  num forte centro produtor e programador de conteúdos. A meta será  fortalecer a presença do País no mercado internacional, sempre partindo  do princípio da produção e circulação de conteúdos brasileiros, como uma  atividade econômica sustentável, competitiva, inovadora e acessível à  população.
De acordo com a Ancine, o avanço tecnológico, a multiplicidade de  mídias, a internet, a telefonia celular e a convergência digital exigem a  definição de regras para que a ampliação do acesso dos brasileiros ao  audiovisual seja alcançada. Estão em debate iniciativas como a  implantação de cotas para a programação de conteúdos nacionais  independentes, a eliminação de barreiras e o incentivo à competição e à  pluralidade.
Além das alternativas comerciais geradas pela interatividade e pela  mobilidade, o documento prevê que a digitalização dos serviços trará  consigo a possibilidade de ampliação do número de canais de TV aberta.
Como participar
Para participar é preciso acessar o Sistema de Consultas Públicas 
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1 COMENTÁRIO

  1. È fundamental essa avaliação da Ancine. O cinema brasileiro precisa sair da dependencia do estado, do patrocinio da Petrobras e seguir com seus proprios pés

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