Palestras abordam modalidades de financiamento à cultura
Atividades marcam a inauguração do Núcleo de Formação da Secretaria de Cultura. Minom Pinho é a primeira palestrante
Felipe Shikama
[email protected]
Para marcar a inauguração do Núcleo de Formação Cultural da Secretaria de Cultura (Secult), a prefeitura de Sorocaba promove a partir desta segunda-feira a Jornada de Palestras sobre Leis de Fomento Cultural. A programação segue até quinta-feira (19) no Salão Verde da Unidade Seminário da Prefeitura (Eugênio Salerno, 140). Todas as vagas oferecidas já foram preenchidas.
De acordo com Janaína Caldeira, coordenadora do Núcleo, a jornada de palestras visa apresentar um panorama sobre o mercado cultural e as modalidades de financiamento à cultura, as leis de fomento cultural e a importância da construção de políticas públicas de cultura. “O objetivo é capacitar o participante para que ele possa lidar com mais facilidade com a complexidade das modalidades de financiamento à cultura, por meio da apresentação de conceitos e esclarecimentos de dúvidas”, detalha.
A palestra de abertura será ministrada pela consultora, pesquisadora e produtora cultural Minom Pinho, que falará sobre modalidades de financiamento à cultura. Em entrevista ao Mais Cruzeiro, Minom comenta que leis de incentivo e outros mecanismos de mecenato, como fundos públicos e financiamento coletivo, fazem parte do conteúdo da palestra, mas o foco principal será “sacudir” a mentalidade dos artistas e produtores culturais inscritos. “Existem várias modalidades de financiar cultura. Além dos incentivos fiscais [como Lei Rouanet e Proac] e de fundos públicos, há formas colaborativas, de pessoas físicas, e até de investidores, financiarem o projeto. Não se pode ficar aprisionado somente em um único mecanismo. É preciso ter espírito empreendedor e entender qual o mecanismo é mais adequado para cada projeto. É isso que pretendo falar”, afirma.
A palestrante também sugere que artistas, produtores culturais e coletivos considerem parcerias e intercâmbios com outros artistas como “ativos culturais” que facilitam a viabilização do projeto. “Às vezes o que falta não é dinheiro. Coisas simples como conseguir um equipamento ou um espaço podem fazer com que o projeto demande muito menos dinheiro”, exemplifica.
Preocupada em abordar principalmente a questão da vocação para o empreendedorismo, Minom acrescenta que pretende provocar a reflexão dos participantes inscritos. “Existe muita reclamação sobre a dificuldade para conseguir financiamento de projetos culturais, mas eu pretendo ir para a origem, questionando qual o sentido de cada projeto, porque os sentidos são diversos e dentro desse arcabouço há várias alternativas”, pontua.
Com quinze anos de experiência em planejamento, gestão e execução de projetos e programas culturais, Minom Pinho é proprietária da Casa Redonda, produtora que assina a curadoria da mostra Terra comunal, da artista Marina Abramovic, em cartaz no Sesc Pompeia. Para ela, o fato de todas as 150 vagas oferecidas pela Secult terem sido preenchidas rapidamente demonstra que há grande número de empreendedores culturais em Sorocaba e uma demanda reprimida de cursos de qualificação na região.
Sobre as recentes declarações do ministro da Cultura, de que a Lei Rouanet é um modelo ultrapassado, pelo fato de centralizar 80% dos projetos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, Minom afirma que a lei criada em 1991 precisa ser atualizada. “Atualmente, como está, é difícil descentralizar, porque as grandes corporações interessadas em fomentar projetos e obter renúncia fiscal estão nessas duas cidades. Essa concentração é natural, porque há o interesse da seleção por parte das empresas”, opina.
Evitando problematizar a questão das leis de incentivo baseadas em renúncia fiscal, Minom Pinho aponta que é crescente o interesse da iniciativa privada em investir em projetos culturais. “Cada vez mais a cultura está sendo tratada como oportunidade de investimento. Essa é uma tendência da economia criativa”, defende, citando como exemplo o caso de um grupo de investidores brasileiros que decidiu retirar as aplicações em commodities para investir em cinema.
Próximas palestras
Na terça-feira (17), a jornada de palestras prossegue com o tema “Lei Rouanet financiamento público da cultura brasileira”, e quem falará a respeito é o chefe da Representação Regional do Ministério da Cultura em São Paulo, Valério da Costa Bemfica.
Os editais do Programa de Ação Cultural (ProAC) serão o tema da palestra apresentada na quarta-feira (18) pela diretora do centro de editais do ProAC, Antonieta Jorge Dertkigil.
Fechando a jornada, na quarta-feira (19), o integrante da Comissão de Análise, Instrução e Fiscalização dos Projetos Culturais (Linc) e do Conselho Municipal de Política Cultural, André Mascarenhas, falará sobre elaboração de projetos da Linc 2015. Todas as palestras começam às 19h e terão duas horas de duração.
fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/599070/palestras-abordam-modalidades-de-financiamento-a-cultura
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Para marcar a inauguração do Núcleo de Formação Cultural da Secretaria de Cultura (Secult), a prefeitura de Sorocaba promove a partir desta segunda-feira a Jornada de Palestras sobre Leis de Fomento Cultural. A programação segue até quinta-feira (19) no Salão Verde da Unidade Seminário da Prefeitura (Eugênio Salerno, 140). Todas as vagas oferecidas já foram preenchidas.
De acordo com Janaína Caldeira, coordenadora do Núcleo, a jornada de palestras visa apresentar um panorama sobre o mercado cultural e as modalidades de financiamento à cultura, as leis de fomento cultural e a importância da construção de políticas públicas de cultura. “O objetivo é capacitar o participante para que ele possa lidar com mais facilidade com a complexidade das modalidades de financiamento à cultura, por meio da apresentação de conceitos e esclarecimentos de dúvidas”, detalha.
A palestra de abertura será ministrada pela consultora, pesquisadora e produtora cultural Minom Pinho, que falará sobre modalidades de financiamento à cultura. Em entrevista ao Mais Cruzeiro, Minom comenta que leis de incentivo e outros mecanismos de mecenato, como fundos públicos e financiamento coletivo, fazem parte do conteúdo da palestra, mas o foco principal será “sacudir” a mentalidade dos artistas e produtores culturais inscritos. “Existem várias modalidades de financiar cultura. Além dos incentivos fiscais [como Lei Rouanet e Proac] e de fundos públicos, há formas colaborativas, de pessoas físicas, e até de investidores, financiarem o projeto. Não se pode ficar aprisionado somente em um único mecanismo. É preciso ter espírito empreendedor e entender qual o mecanismo é mais adequado para cada projeto. É isso que pretendo falar”, afirma.
A palestrante também sugere que artistas, produtores culturais e coletivos considerem parcerias e intercâmbios com outros artistas como “ativos culturais” que facilitam a viabilização do projeto. “Às vezes o que falta não é dinheiro. Coisas simples como conseguir um equipamento ou um espaço podem fazer com que o projeto demande muito menos dinheiro”, exemplifica.
Preocupada em abordar principalmente a questão da vocação para o empreendedorismo, Minom acrescenta que pretende provocar a reflexão dos participantes inscritos. “Existe muita reclamação sobre a dificuldade para conseguir financiamento de projetos culturais, mas eu pretendo ir para a origem, questionando qual o sentido de cada projeto, porque os sentidos são diversos e dentro desse arcabouço há várias alternativas”, pontua.
Com quinze anos de experiência em planejamento, gestão e execução de projetos e programas culturais, Minom Pinho é proprietária da Casa Redonda, produtora que assina a curadoria da mostra Terra comunal, da artista Marina Abramovic, em cartaz no Sesc Pompeia. Para ela, o fato de todas as 150 vagas oferecidas pela Secult terem sido preenchidas rapidamente demonstra que há grande número de empreendedores culturais em Sorocaba e uma demanda reprimida de cursos de qualificação na região.
Sobre as recentes declarações do ministro da Cultura, de que a Lei Rouanet é um modelo ultrapassado, pelo fato de centralizar 80% dos projetos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, Minom afirma que a lei criada em 1991 precisa ser atualizada. “Atualmente, como está, é difícil descentralizar, porque as grandes corporações interessadas em fomentar projetos e obter renúncia fiscal estão nessas duas cidades. Essa concentração é natural, porque há o interesse da seleção por parte das empresas”, opina.
Evitando problematizar a questão das leis de incentivo baseadas em renúncia fiscal, Minom Pinho aponta que é crescente o interesse da iniciativa privada em investir em projetos culturais. “Cada vez mais a cultura está sendo tratada como oportunidade de investimento. Essa é uma tendência da economia criativa”, defende, citando como exemplo o caso de um grupo de investidores brasileiros que decidiu retirar as aplicações em commodities para investir em cinema.
Próximas palestras
Na terça-feira (17), a jornada de palestras prossegue com o tema “Lei Rouanet financiamento público da cultura brasileira”, e quem falará a respeito é o chefe da Representação Regional do Ministério da Cultura em São Paulo, Valério da Costa Bemfica.
Os editais do Programa de Ação Cultural (ProAC) serão o tema da palestra apresentada na quarta-feira (18) pela diretora do centro de editais do ProAC, Antonieta Jorge Dertkigil.
Fechando a jornada, na quarta-feira (19), o integrante da Comissão de Análise, Instrução e Fiscalização dos Projetos Culturais (Linc) e do Conselho Municipal de Política Cultural, André Mascarenhas, falará sobre elaboração de projetos da Linc 2015. Todas as palestras começam às 19h e terão duas horas de duração.
fonte: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/599070/palestras-abordam-modalidades-de-financiamento-a-cultura
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