Captação de recursos liberados pela Lei de Incentivo é de apenas 18%

  • Dassler MarquesDireto de São Paulo

Levantamento realizado pelo Terra junto ao Ministério do Esporte mostra que a Lei de Incentivo ao Esporte, em vigor desde o fim de 2006, ainda é um desafio para clubes e demais entidades esportivas. Nos últimos três anos, a captação de recursos aprovados para a modalidade futebol ficou em 18,8%.

Explica-se: o Ministério do Esporte aprovou a liberação de aproximadamente R$ 481 milhões para projetos ligados ao futebol nos últimos três anos, mas a captação até o início deste ano era estimada em R$ 91 milhões. Trata-se de valor do qual o Governo Federal abriu mão para o esporte, mas que não foi incorporado por falta de patrocinadores e doadores.
 
Também é verdade que uma parte dos projetos ainda está em fase de captação e pode, até o fim de 2013, melhorar os valores arrecadados. Em alguns casos, o Ministério do Esporte ainda pode aprovar a ampliação desse prazo, mas desde que o proponente dê indícios de que o projeto tem caminhado.
 

Aldo Rebelo ofereceu ponto de vista a respeito dos poucos recursos captados Foto: Ricardo Saibun / Gazeta Press
  Aldo Rebelo ofereceu ponto de vista a respeito dos poucos recursos captados
Foto: Ricardo Saibun / Gazeta Press

 
“Nossa grande dificuldade é que pouca gente conhece a legislação”, explica José Max Reis, diretor administrativo do Corinthians. No clube, ele é responsável por captar valores do projeto aprovado de R$ 41,1 milhões para a construção de centro de treinamento das categorias de base. José Max explica as dificuldades.
 
“As pessoas imaginam que vão canalizar recursos e não é disso que se trata”, compara. Na realidade, o valor aplicado em projetos da Lei de Incentivo ao Esporte podem ser deduzidos do imposto de renda. Para pessoas jurídicas, 1% sobre o lucro real. Para as físicas, 6%.
 
Em entrevista ao Terra na última semana, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, justificou a situação. Para ele, as entidades esportivas deveriam viabilizar o projeto junto a patrocinadores para, na sequência, procurar o Ministério. “Hoje em dia tem sido o contrário”, explica.
Fonte : http://esportes.terra.com.br/futebol/

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui