Aconteceu  em Moscou, entre 21 e 27 de novembro, o quinto festival de cinema brasileiro. Durante as últimas edições do festival, o público russo conheceu mais de 50 filmes brasileiros de diferentes gêneros. Desta vez, a seleção escolhida pelos organizadores não é menos interessante

Na abertura do festival, como já é tradição, o embaixador do Brasil na Rússia, Carlos Antônio da Rocha Paranhos, fez uma intervenção onde disse, em particular: “É um prazer para mim e para o meu país saber que vocês gostam do Brasil e da nossa cultura. As praias, a natureza, o carnaval do Brasil encantam todo o mundo. Mas eu queria que vocês conhecessem outras partes do Brasil. O Brasil é um país muito grande e tem caracteristicas muito diferentes. É por esse motivo que existe o festival de cinema brasileiro”.Aconteceu em Moscou, entre 21 e 27 de novembro, o quinto festival de cinema brasileiro. Durante as últimas edições do festival, o público russo conheceu mais de 50 filmes brasileiros de diferentes gêneros. Desta vez, a seleção escolhida pelos organizadores não é menos interessante.

Na verdade, durante as cinco edições do festival foram mostrados filmes que deram a conhecer diferentes facetas do Brasil. Foram apresentadas obras como a Cidade de Deus, documentários como Vinícius de Moraes, adaptações cinematográficas de livros clássicos como O Primo Basílio e muito mais…
Como já é tradição em cada edição do festival, são convidadas várias celebridades brasileiras para apresentarem os filmes e responderem às perguntas do público. Este ano vieram a Moscou o diretor André Ristum e a atriz Estefânia de Ong com o filme Meu País. Inspirado na própria experiência, André apresentou o “seu Brasil”.

Os pais de André Ristum saíram do Brasil nos anos 1960. Ele cresceu em Itália mas permaneceu brasileiro no coração. André começou a carreira trabalhando como assistente de produção em Milão. Em uma tentativa de voltar às origens, ele regressou a São Paulo em meados dos anos 90. O personagem do filme decide fazer o mesmo.
O Brasil de André é um país que está sendo abandonado por aqueles que procuram uma vida melhor na Europa também um país para onde esses emigrantes voltam para se reunirem com suas famílias, com as suas raízes.
O tema da emigração e da imigração é sempre atual no Brasil. Muitos italianos têm parentes no Brasil e vice-versa. No entanto, os movimentos para a Europa, em busca de uma vida melhor, tiveram um efeito dramático para as famílias dos que partiram, o preço de sucesso foi muito alto. O diretor resolveu este problema na sua própria vida e integrou a solução na sua obra.
O protogonista interpretado por Rodrigo Santoro é um proprietário de uma fazenda, que abandonou a sua família para viver e trabalhar na Itália. Ele volta ao Brasil após a morte do pai e, ao chegar, se depara com uma família desestruturada: o irmão que perdeu tudo no jogo e a irmã que foi abandonada em uma clínica psiquiátrica. No Brasil, na casa do pai ele encontra os brinquedos antigos com que brincava quando era criança e descobre a necessidade de reunir a família.
O diretor disse: “O filme Meu País fala sobre o Brasil, alcançando os temas universais”. Para Moscou esse tema é muito conhecido. Na cidade de Moscou moram muitos imigrantes e também pessoas de zonas longínquas do país, que abandonaram as suas famílias para ficar na capital e fazer carreira longe da sua terra. O público russo ficou muito comovido com o filme, aplaudindo-o longamente.

fonte; http://portuguese.ruvr.ru/2012_11_24/festival-de-cinema-brasileiro-em-moscou/

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