“Pietà”, de Kim Ki-Duk, vencedor do Leão de Ouro em Veneza, e “Magic Mike”, de Steven Soderbergh, são alguns dos títulos internacionais anunciados na programação oficial do Festival do Rio, um dos maiores eventos de cinema da América Latina.
O festival começa em 27 de setembro, com a exibição do filme brasileiro “Gonzaga – de Pai pra Filho”, de Breno Silveira, em noite de gala no cinema Odeon, e pretende apresentar 400 filmes de mais de 60 países até seu encerramento, no dia 11 de outubro.

Pietà
As sessões serão divididas em 20 mostras, que incluem uma já confirmada retrospectiva do cineasta John Carpenter (“Halloween”, “O Enigma de Outro Mundo”). Serão, ao todo, quatro homenagens: além de Carpenter, ganharão retrospectivas o brasileiro Alberto Cavalcanti e os portugueses Manoel de Oliveira e João Pedro Rodrigues – por conta do ano de Portugal no Brasil, o país ganhará destaque especial na programação. As mais recentes produções do cinema do Reino Unido também poderão ser apreciadas no Foco Reino Unido – UK Season. E haverá ainda uma nova mostra dedicada ao surf, com clássicos e inéditos sobre o esporte.
Entre os títulos confirmados, aparecem os filmes mais recentes de cineastas consagrados, mas que não são exatamente unanimidade entre o público e crítica internacionais. São eles “Twixt”, de Francis Ford Coppola, “Lay the Favorite”, de Stephen Frears, “O Nós e o Eu”, de Michel Gondry, “Trishna”, de Michel Winterbottom, e “Another Year”, de Mike Leigh. Este último é de 2010, o que escancara a defasagem do circuito cinematográfico local. A programação também trará finalmente ao Brasil “In the Land of Blood and Honey”, a estreia na direção de Angelina Jolie. E Spike Lee estará duplamente representado com sua nova comédia “Red Hook Summer” e o documentário “Michael Jackson – Bad 25″.

Magic Mike
Os títulos mais comerciais, como “Magic Mike” e “Selvagens”, de Oliver Stone, entrarão em cartaz logo após o festival. Outros, como o divertidinho “Hysteria”, de Tanya Wexler, e o telefilme “Hemingway & Gellhorn”, de Philip Kaufman, devem ganhar lançamento direto em DVD. Assim, é mais interessante para o cinéfilo investir em filmes indies ou filmografias pouco acessíveis no Brasil.
Além de filmes que ainda estão no circuito de festivais internacionais, como o elogiadíssimo “Argo”, de Ben Affleck, e “The Company You Keep”, de Robert Redford, merecem uma conferida os já consagrados “Beasts of the Southern Wild”, de Benh Zeitlin, vencedor do Festival de Sundance, “Killer Joe”, de William Friedkin, exibido no Festival de Veneza do ano passado, e “Moonrise Kingdom”, de Wes Anderson, que encantou no Festival de Cannes. Estes filmes permanecem sem data de estreia no Brasil, assim como “Ruby Sparks”, de Jonathan Dayton e Valerie Faris, dupla responsável pelo fenômeno indie “Pequena Miss Sunshine” (2006). O casal virá ao Rio acompanhar a première.

Lore
Fora do circuito hollywoodiano, as sessões imperdíveis incluem “Lore”, de Cate Shortland, candidato australiano ao Oscar, “In the House”, novo filme de François Ozon, “Caesar Must Die”, de Paolo e Vittorio Taviani, que venceu o Urso de Ouro do Festival de Berlim, “Rust and Bone”, de Jacques Audiard, “Paradise: Love”, de Ulrich Seidl, vencedor do Prêmio Especial do Júri do Festival de Veneza, “The Land of Hope”, de Sion Sono, e o controvertido “Holy Motors”, nem que seja para conferir a volta de Leos Carax ao cinema, após uma ausência de 13 anos.
Carax, por sinal, também confirmou presença no festival, assim como o ator Jeremy Irons e os diretores Fernando Trueba, Teresa Villaverde, João Pedro Rodrigues e Roland Joffé.

Beasts of the Southern Wild

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